domingo, 8 de abril de 2012

Pai

E ele pega a bicicleta mais velha da casa
E dar uma volta no quarteirão
Chega reclamando das dores
E diz que ela evita ladrão.
Da teimosia e “pirralhisse”
Bate o pé como se tivesse 3 anos.
Diz uma coisa e depois o contrário
E ai de quem não concordar.
Que não abre mão das doses de cana fermentada
E eu brigo como se fosse sua mãe.
Que tem surtos e sai correndo pela estrada
Cansa e deita no chão.
Que dirige bem
Mas pensa que é o dono do mundo
Ou da verdade.
Que não me quis, mas me quer
Que é inteligente
Mas que às vezes me irrita pela falta de crença.
Que resmunga pelos cantos da casa
E tem bom coração.
Mas age como criança na doença
Daquelas que quer toda a atenção.
Que é distante de mim
Diria até demais.
Mas que eu não viveria sem.
Pois teus defeitos são até pedaços de mim.
Te amo pai.
23/12/11

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