Eu sempre tentei prezar o meu
Mais tem horas que eu me vejo como gente
E sumo um pouco.
Não que eu queira sumir
É que eu quero sentir minha dor um pouco só.
Ser gente também tem um preço
Eu também choro, eu também sangro, eu também erro
E por mais que não der para perceber, não...
Não, eu não estou bem.
Tenho meus problemas das complexidades e acerbos
Por sorte tenho memória curta.
E essa tristeza toda é de um dia só
De um acontecimento só
Amanhã não
Ordeno-lhe.
Talvez seja esse um dos motivos ou dons do meu viver
Posso sorrir hoje com tamanha vontade do peito
Amando de um amar de falta o ar
Mas amanhã está em prantos.
Horas eu também sou fraca
Mas não queria ser.
É difícil admitir não ser super-herói
Perdão, perdão também tenho meus momentos de quedas e defeitos
E por mais que eu peça abrigo
Eu sempre volto, eu sempre volto pra mim.
Eu nunca gostei de admitir
Eu nunca gostei de admitir a dor
Se eu a desse jus ela se acharia a tal
Sua maldita, sua maldita
Dor que finda o peito
Sua maldita!
Já te disse que sou mais forte que tu?
Não?
Então digo agora!
Sobrou-me silêncio
Ou a falta de coragem de mentir.
Pelo menos por hoje.
Ordeno teu fim.
Tornei-me equilibrada e sensata
Causas modeladas pela dor.
Eu não quero que tenha talvez espécies de pena
Isso enfraquece o meu ser.
Tive que sentir que a forma de entender
Nem sempre é o solver.
Não julgue como forma de fim das forças ou coisa assim
O que mais sucede é força dentro de mim
Mas horas ela também vai embora.
Por que não admitir o sentir?
É natural do ser humano, ou não é?
Pelo menos agora, pelo menos agora
Pergunta corriqueira
Resposta não
Por sorte eu tenho o sono na mão
Sim, sim no singular
Uma mão só.
Que o sono acalme a dor
E de uma cabeça oca
Inicia-se um novo dia.
Não, não é melancolia
É quase como nascer e morrer todo fim de hora
A vontade volta e vigora
Talvez seja por isso que eu goste tanto da madrugada
É sinônimo de inicio e fim.
Pássaros canoros
Pássaros canoros.
Dormi.
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