sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Um ser dois, dois ser um

Pra quem teimou e disse que namoro afeta o raciocínio, estava certo.
Se acostumar. Se acostumar a ser boboca, falar com voz de bebê, querer tá perto, aguentar ciúmes, ter que dar explicações, brigar por causa de besteira, resolver com carinho e pensar por dois. É estranho, depois de tudo tão pouco ainda, venho-me questionar:  Se apenas um vínculo te faz assim, imagina como deve ser ter filhos. Vínculos que te fazem pensar mais pelos outros do que por ti.
Eu sou assim mesmo. Penso antecipadamente, fico feliz antecipadamente, sofro antecipadamente. Da calmaria imagino e ensaio. Testa, bochecha, pescoço, fogos de artifício.
Então quer dizer que é assim?

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O primeiro além de utopia

Formigamentos, borboletas, tremor
Cresce e vinga uma coisa nova e estranha dentro de mim
E vem do peito
Dói às vezes até.
Respirei fundo e tive um pouco de fé.
E sim, sim, dessa vez é diferente
Junto com o medo vem a vontade, o credo
Há retribuição.
São sorrisos espontâneos
Cócegas e coincidências gigantescas
É vontade de estar junto, estar perto.
Outrora perguntei se ele é meu.
E sim, sim, é!
24/09/12

Começo

E você decide passar do fim sem começo
Da palavra não dita
Do sentir não sentido
Da dor inventada.
E se entrega, por pedacinhos pequenos e mansos.
Mas não sabe,
Não sabe se é mesmo amor
Ou se queres provar para si que é possível
E enfrenta de cara limpa a dor.
Dor, que tu não vingues!
E se vingar, que seja devagarinho.
Porém, de certa continuo
Que não seja mera carne, vontade de ser
Que se possível seja amor
Mas como pedaço de mim do fim tem que lembrar
Se não for
Que se aquiete com o fim o que agora começou.
22/09/12


Estive parada. Provas, semana acadêmica, curso, trabalhos, TCC ... O que me deixou um pouco sem tempo pra mim, é incrivel o quanto minha produção de textos caíram. É estranho.
Porém, coisas têm sucedido bem.
Portanto, assim. Amém.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

terça-feira, 18 de setembro de 2012

DR

Sou a melhor da melhor do mundo em ter uma DR mesmo antes do relacionamento começar.
Boatos...
Mas está tudo bem, amém.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Meu amor é dEle

Sinta-se livre
Livre para viver o amor por Ele
Que santos e credos não interfiram
Sinta-se livre
De um contato recíproco
Amor, amor.
Louvor, abraços e glórias
E eu sinto
Sinto seu abraço quente e cuidadoso.
Quis retribuir
Mas o que dá pra quem já tem tudo?
Doei-me
Doei-me para sua vontade.
Mais de ti, menos de mim.
Desde então nunca me senti só
Talvez a solidão da carne
Do credo não.
Fui catada de pedaços
Dor e quase sangue
E mesmo assim o que ele me deu?
Amor, amor.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Receita de como ter medo do abandono/vínculo/amor

Seja criada até os 7 anos por babás
Seja mal tratada por algumas dessas babás.
Durante esses 7 anos, veja sua mãe apenas perto do horário de dormir e o pai apenas aos fins de semana.
Tenha padrinhos. Que a madrinha suma para outro estado e o padrinho diga oi de vez em quando.
More longe das avós.
Ouça que desgraçou a vida da mãe e do pai.
Ouça que seria aborto e hoje é arrependimento de um não aborto.
Sinta-se inútil.
Ganhe por ano de 5 a 7 abraços. 1 no teu aniversário, 1 aniversário do pai, 1 no aniversário da mãe, 1 no dia dos pais, 1 no dia das mães e às vezes 1 no ano novo e 1 no natal.
Tenha uma irmã mais velha apenas por parte de pai, marque encontro com ela por duas vezes para se conhecerem e pelas duas vezes ela não vai.
Seja esquecida nos lugares.
Seja perdida nos lugares.
Desconheça afeto.
Não goste das pessoas.
Ouça que a felicidade absurda será quando for embora de casa e de que é bom quando tu ficas longe.
Tenha amigos antigos que decepcionem.
Não tenha amigos.
Tenha poucos novos amigos.

... E foi assim, foi assim que pelo desamor aprendi amor. E hoje entendo, que um pouco pode ser tanto. E é Deus que me cura, é Deus que me cura.
Curando...

sábado, 8 de setembro de 2012

Muros

Sabe Eulali, meus vínculos têm crescido, de certa isso me cria receios. Outrora acho que é culpa do amor. Eu deixei a porta aberta pra ele, decidii deixa-lo entrar mesmo que traga um pouco de dor. Sabe Eulali, eu tenho medo. Por mais que eu diga incansavelmente que quando mais dor se sente mais grande se é, eu tenho medo, tenho medo de ser grande, ou que da próxima eu não suporte, ou pior, nem tenha. Confesso Eulali, vínculos. Eu ainda me sinto só. De certa há os que eu amo, mas o amor retorna? Tenho dúvidas. Sórdida e cruel eu sou. Espero, espero, espero... Tenho medo Eulali! Tenho medo da pergunta sem resposta, do sorriso com desdenho, da dor sem a cura, do abraço sem aperto, do crer sem fervor. Tenho medo que a veracidade do sentir seja apenas minha. Ilusórias, Ilusórias imaginações. E se tudo que sucede seja apenas isso? Ilusórias. Criei murais Eulali, criei murais em mim. E não foi trabalho de um dia ou outro. Foi trabalho árduo de décadas. E agora o que eu faço? Sou muro de Berlin ou das lamentações? Os dois são um.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Conversei com ela

- Então Eulali, tudo bem?
- Não!
- Outro dia eu te ouvir dizer que sim. Por que disse que sim?
- Porque eu não sabia!
- Não sabia o que?
- Porque não estava, não sabia explicar, entende?
- Hmmmmm..
- A verdade é que ando sentindo falta de mim.
- Como assim?
- Sentindo falta, só isso!

domingo, 2 de setembro de 2012