segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"Dia surtado"

Em um "dia surtado"
Tipo surtos loucos mesmo
Eu me envolvia em tédio
E me perguntava:
Onde será que estava minha vontade?
Dos dias raros e frios
Com a ponta dos fios de cabelos doloridos
Me perguntava:
Onde será que está minha coragem?
Então de novo surtei.
Notei o quão não notei
E os dias não vividos?
O silêncio era meu remédio
Mas como surto era tédio
Então de novo perguntei:
Onde será que estava minha coragem?

sábado, 22 de janeiro de 2011

Vestibular

Hoje foi o resultado da UFPA, acordei com fogos ensurdecedores e aquela música que sempre toca. Alô, alô, alô papai... Que digamos de passagem que eu odiava. Rs Lembrei da época que eu tentava passar no VEST, do ensino médio, do cursinho. Tempos que não voltam. Nos dois anos que tentei eu prestei VEST para:

EDUCAÇÃO FÍSICA;
Porque eu queria passar em alguma. Rs Acabou que deu problema com meu nome e mesmo eu passando pra próxima fase o meu nome não aparecia, então deixei pra lá, não queria isso mesmo.

NUTRIÇÂO; Essa eu até que tinha vontade, mas não fui fazer a prova, nem lembro se era 2ª fase ou 3ª, acho que 3ª não tenho certeza. Simplesmente não fui fazer.

ENGENHARIA AMBIENTAL;
Essa era a mais difícil e gostava porque tinha ouvido falar que tinha muita química e eu gosto de química, pelo menos gostava. Agora eu tinha que me esforçar muito mais, a concorrência era 72 para uma vaga, acho que era isso, na época estava mais concorrido do que medicina O_o. Eu tinha que fazer justo este ano né?! Sortuda eu! Fiz as provas, porém não passei para terceira fase, Somei 78 e para passar para terceira fase eu tinha que somar 90 pontos =/, mas tudo bem.

ADMINISTRAÇÃO;
Acho que já deu para notar que eu não sabia o que fazer de verdade né?! Pois é, como resolvi fazer administração? Já tinha tido vontade de ser tantas coisas, mas nunca estava convicta. Até que um dia chega um grupo de pessoas na minha sala, no qual distribuíram folders e faziam comercial de sua faculdade. Peguei aquele folder enorme, bem grande mesmo. E passei meus olhos. Tinha detalhado todos os cursos, os períodos, as matérias, professores, tudo. Atentei-me as matérias e de todas as matérias do curso de administração, não me lembro de não ter gostado de alguma. Tinha sociologia, filosofia, matemática, marketing, economia, direito, psicologia, rural, gestão de pessoas e muitas outras matérias, nunca imaginei que em apenas um curso a gente desse tantas matérias diferentes. Depois de ler o folder pensei comigo, VOU FAZER ADMINISTRAÇÃO!
Confesso que eu não estudava muito, só estudava no cursinho mesmo.rs que minha mãe não fique sabendo disso, eu tinha retorno do cursinho todas as tardes e às vezes de noite também, eu nunca fui sequer um dia para esses retornos (segredo) até então eu não tinha foco e me sentia frustrada, ali estudando sem saber pra que estudar. Depois de fazer as provas da federal e da estadual e não passar em nenhuma, pensei comigo, eu tenho que passar em administração, pois era particular, então era muito menos concorrido. Uma semana antes da prova de administração eu baixei os assuntos que a faculdade indicava pra estudar e comecei a estudar, faria eu agora uma vontade minha, estudava para algo que eu queria passar, mesmo sem muita exatidão. Fiz a prova.

O RESULTADO;
O dia do resultado assim como o inicio da história, acordo com fogos e aquela música que eu odiava. Alô, alô, alô papai. Alô mamãe... Até hoje eu não gosto muito dela. ¬¬ eu sei que sou chata! Levanto-me da cama e olho o relógio, meio dia e alguma coisa. O resultado da FACUL já tinha saído há horas. Ligo o computador e... Sem internet droga! Pensei. Troco de roupa e vou à procura de um cyber café. Primeiro Cyber, lotado. Segundo Cyber, lotado. Volto para casa. E agora? E agora?
Ligo para minha prima que mora em outra cidade.
- Oi, tu estás ocupada?
- Não, não!
- Tá com internet?
- “Tô” sim!
- Tu podes ver o resultado da FCAT pra mim, “tô” sem internet e queria saber se passei.
- Ok, vou olhar!
Passam-se alguns minutos e digo.
- Administração à tarde 1ª opção ou administração noite segunda opção.
- Ok!
Ela demorava, parecia procurar de mais. Eu já estava ficando aflita.
- Oi Jamille?
- Oi!
- É... Não tem teu nome não.
- Não? Nem na segunda opção?
- Não!
- Poxa!
Bate-me o desespero e penso. É, eu não estudei o suficiente. Mas poxa eu não passar nem na particular, vou ser o que meu Deus? Que burra eu sou!
Passam 5 segundo talvez, prima fala.
- É mentira, tu passaste sim. Administração à tarde, parabéns!
(silêncio)
- Sério?
- Sério!
- Tá bom [risos], obrigada. Beijos!
Sabe aquela emoção de quando tu consegues algo que queria? Pois é, foi mais ou menos o que eu senti. Corri pra minha mãe e disse.
- Mãe eu passei!
- Passou? Que bom! ( animação implícita da minha mãe. Rs)
Chorei por quase exatos 3 segundos e fui para o quarto assistir TV.

DOIS ANOS SE PASSARAM;
Estou gostando do curso de administração, apensar de ainda querer fazer outro, “tô” gostando. Já se foi metade do curso. Aprendi muito, muito, muito. De tudo, sinto-me até mais gente, mais parte de algo. Pretendo me especializar em psicologia ou fazer arquitetura. Que o futuro me espere! Rs. ^^
(...)
Alô, alô, alô papai. Alô mamãe. Põem a vitrola pra tocar. Pode soltar foguete, que eu passei no vestibular. Droga, eu ainda odeio essa música! ¬¬ Por falar nisso, nem existe mais vitrola, tá bom de mudar já! shauSUAHshua..

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Férias do sono

Percebi que o quanto menos eu vivo menos eu escrevo!
Os dias passaram muito rápido e já se põem ponto final às férias, geralmente sempre férias pra mim é um motivo de evolução, quando eu paro pra respirar e pensar como foi o último semestre. Sempre eu mudo alguma coisinha dentro de mim, ou tenho mais coragem, ou faço coisas que tinha vontade de fazer, ou mudo o cabelo, ou só penso mesmo e mudo alguma forma de raciocínio. Ou não mundo nada.
Essas férias foi a do sonho, literalmente, “dormi mais do que eu mesmo não acreditaria que eu conseguisse dormir”.
Mãe anda pela casa, para na porta do meu quarto e diz.
- Já tá dormindo Jamille?
- Não, não, não tô não!
- E “tava” com os olhos fechados por quê?
- Tá, eu “tava” dormindo!
- Tu não cansas não?
- Zzzzz... (Dormindo de novo) shausu..
(...)
Descobri também que quando eu “tô” com muito sono eu acordo, falo línguas estranhas em que só a ultima palavra dar pra entender e volto a dormir. Sahsua.. Depois não lembro mais de nada. Mãe que contou.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Cozinhando Não sei oque

Sim, sim. Esse é o nome do prato, eu que inventei e coloquei o nome. rs.
Tipo, sabe aqueles dias que a gente acorda e procura, procura e diz: - Ah, “tô” com vontade de comer num sei o que. Pronto resolvido! Shau..
Começando, eu não sou muito boa na cozinha, confesso, mas eu me viro. Sei fazer brigadeiro, arroz, omelete, macarrão instantâneo e salada. Sei fazer alguns doces também, como pudim, creme e brigadeiro de novo. Rs O único problema é que toda vez que tento fazer, tenho que tá com a receita, porque minha memória não é ninja. Tá, claro que o brigadeiro eu sei de memória. ;]
Fora essas besteiras que eu sei cozinhar, eu odeio minha comida. Uma vez minha mãe viajou e eu fiquei, então eu fiz meu almoço. Ela deixou escrito: “ A carne já tá descongelando, é só fritar!”. Ok, eu fiz o que ela mandou, porém ficou horrível. Muito mesmo! =S
Mãe chega:
- Tu temperaste a carne?
- Eu não!
- Comeu o que então?
- A carne!
- Sem tempero?
- Aah.. Antão era por isso que “tava” ruim! O_o
Eu comi o negócio sem tempero nenhum, me imaginei como o povo das cavernas que comia as coisas sem tempero. Eca!
Enfim, a “não sei o que” é uma receita que eu inventei, mas eu juro que é bom. Rs Pelo menos eu acho. ^^
Ingredientes:
- Alface doce ou americano ( parece com repolho, mas não é repolho)
- Cenoura
- Cebola
- Pimentão
- Tomate
- Arroz e as coisas que coloca no arroz
- Batata da terra (acho que é esse o nome, é aquela que não é a doce!)
- Frango
- Shoyu

Modo de preparo:

Passos 1: Vegetais
Lava os vegetais, muito importante porque aqui todos vão ser usados crus, corta a alface em lascas, rala a cenoura, corta a cebola, o pimentão e o tomate em pedaços bem pequenos. Já? Rs. Pronto, agora deixa de lado até chegar a hora deles na receita.
Passo 2: Arroz
Isso mesmo! O arroz servia pra ser arroz. Faz o arroz normal, como faz arroz. E reserva assim como os vegetais.
Passo 3: Batata
Descasca, corta em quadradinhos e coloca pra cozinhar com um pouco de sal. Depois de cozida reserva também. Ah, tira a água da batata depois que cozinhar, ok? É bom ser clara. rs.
Passo 4: Frango
Desfia o frango. Pode ser frito, assado, cozido ou sei lá. Pode fazer com outro tipo de carne também, mas eu prefiro frango.

Agora sim:
Depois de fazer e reservar, agora vamos juntar tudo. Sahusua..
Em outra panela coloca o arroz, acrescenta o frango desfiado e a batata em quadradinhos e mistura, agora coloca os vegetais e mistura de novo. Por fim coloca shoyu.
Importante: Os vegetais têm que ser acrescentados apenas no fim, pois por eles serem crus, se os colocarem antes, ficarão ruins e murchos. [ O_o quanto plural rs.]

Acho que é isso, parece estranho, mas é bom. Pelo menos eu acho!
Fim

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

EGOísmo

Um tipo de egoísta que prefere o seu jeito
Um tipo de egoísta que tenta entender as coisas para mudá-las
Um tipo de egoísmo tão só, mas tão só
Que teme dividir as ideias ao transbordarem
E assim não ser mais só.
O que segura, o que controla.
Um tipo de egoísmo imensurável
Que finge que não ama
Para não ter que fingir não sofrer.
Guarda as coisas para si e finge também solver.
Talvez tente decifrá-los
Egoísmo puro, egoísmo vil.
Pega-se um pouco guarda-se
Então... Sentiu? Sentiu? Sentiu!
Daquele que é egoísta de si
O que é meu?
Porque eu?
Porque vivo?
Porque horas as respostas são tão ruins?
Eu, eu, eu, eu...
Talvez fosse melhor se pensasse menos assim.
Um egoísta a fim de esconder
Pensa, pensa, pensa
Mas não dar chance de resolver.
Um tipo de egoísmo que lamenta viver só
E glorifica contradição
Pense, pense, pense, mas agora entenda.
Egoísmo traz solidão.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Utopista

Olhando-me ao espelho
Tentando decifrar meus sonhos, meus modos, meu tato
De um sonho quase que perdido
Marquei na minha pele para não esquecer.
Depois de tempos inquestionáveis
Eu entendi sem entender.
Sonhos não são glórias ou realizações,
Sonhos são vontades do peito
Daquelas que em silêncio te traduz.
Que durem
Que cicatrizem e depois sangre
Os calos que formei em meus dedos.
Que finda a exposição sem começo,
Mas que não finda meu amor.
Pois sonho para mim
E se apenas para mim assim for
Serei feliz,
Nada mais que feliz!