Sabe de uma coisa? Dou graças por todos os meus prantos. Hoje eu já consigo entender que pela a minha fé, choro também é modelação. Dou graças por todos os dias mofinos e dolorosos que com trabalho árduo fizeram-me entender. Obrigada, obrigada senhor pelo o que tens feito com minha vida. E agora entendo. Se foram altas voltagens é porque sabia que eu suportaria, com dificuldades ou não. Sabia.
Outro dia ouvi que passamos pelas coisas que deveríamos passar, temos a família que deveríamos ter e a dores que deveríamos sentir. E se essa foi a escolha que fizeste para eu sentir. Dou graças.
Obrigada, obrigada, obrigada... Eu creio e confio no teu amor e sei que nem mesmo, nem mesmo a dor é em vão. Nem mesmo os meus mais íntimos conhecem a minha mente e o meu peito como ti. Só tu sabes onde eu estive, só tu sabes onde eu estou. Perdão se horas não fui forte, é que doía tanto, tanto. Perdão. Horas quando eu penso, horas quando penso. Tenho só que dar graças.
Coloquei minha vida em tuas mãos e as coisas vem se encaixando e quando não se encaixam, sei que é o tempo do preparo para o melhor então. Nem mesmo os sangue do mesmo sangue reconheceram a dor. Eu soube esconder bem. Mas tu vieste me tratando, de um tratar manso e eficaz. Entre nós combinemos então, obrigada, obrigada senhor pela modelação. Eu já tenho mais motivos para o pranto de graça do que para o pranto do sofrimento. Não que eu tenha a temida sensação ruim da mente ou da pele, por ti suporto tempestades e frio ou a mais cruel que seja das dores. Dor pra mim nem dói mais tanto assim. Creio em propósitos.
Por minhas escolhas sei que muita gente não vai entender. Meu amor por ti é infindo, é infindo. Obrigada pela a liberdade de amar-te. Desvia meu olhar daquilo que não é bom, me afasta daquilo que me afasta de ti. Faz da minha carne uma parte e não um todo. Tenho tido receio que minhas escolhas sejam mal interpretadas por gentes, tu sabes o que eu sinto, tu sabes. O que me conforta e basta. Me livra do preconceito, me livra do preconceito. Amor sem limites, amor sem limites. É o que me rege.
Se eu creio em milagres?
- Sou um!
Se eu confio?
- Dar graças até pela dor.
Com toda a minha vontade de espírito, carne e coração... Que as mãos não desatem.


