terça-feira, 26 de março de 2013

Metodologia

Que saco. Vim falar da vergonha que é a educação brasileira. Minha Pós começou nesse sábado (Gestão de Pessoas) e diferente de como eu pensava não está sendo nada empolgante. Sabe, eu adoro a área de humanas. Pensava eu que já começaríamos com todo o gás, com aulas práticas, treinamentos e estudo de casos. Mas não, não, minha primeira matéria chama-se metodologia, o que é uma vergonha, já que, a gente já dar isso na graduação. Pensei e aceitei o fato que talvez esteja dando metodologia novamente porque tem muita gente que para de estudar e demora pra entrar na Pós aí acaba esquecendo tudo. Até aí tudo bem, mas não termina por aqui. Minha professora simplesmente acha que existem passos a passos para escrever, já não me bastava ter que aturar as regras da bendita ABNT ela nos veio com passo a passo de como se deve fazer um trabalho. Tudo bem que é mais que óbvio que tu deves ter coesão e coerência nas coisas que escreve, porém ensinar o que e como dizer? Isso é uma VERGONHA!
 
É por esse e outros motivos que ainda é tão raro o prazer das pessoas pela leitura e escrita. Não estou dizendo que isso significa que eu sei tudo e nunca erro, longe de mim, mas tem coisas tão óbvias, mas tão óbvias que às vezes eu fico na aula com tédio extremo. As escolas, e pior ainda as universidades não estão criando pensadores, e sim robóticos de carne e ossos que reproduzem o que foi dito, usam sempre as mesmas palavras, mesmas roupas, a mesma comodidade. Parece-me que a maioria acha que é cansativo pensar, criar e sentir. É cansativo questionar, dar a cara a tapa e discordar de alguma coisa. É tão mais fácil pegar um punhado de normas e métodos, fichá-las, organizá-la, produzir um trabalho e achar que fez uma Obra Prima. Sim, pode até ser uma Obra Prima, porém uma Obra Prima da Vergonha que é a educação.
Pra mim, ensinar a escrever é como se alguém estivesse tentando me ensinar a sentir. Por sorte o professora gosta dos meus textos, porque se não eu estava era ferrada.
“Sonho que no cardápio da existência vocês experimentem o sabor diário da tranquilidade. Quando o intelecto é livre, os alimentos ganham outro perfume.”
Augusto Cury

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