quinta-feira, 21 de março de 2013

Dizer o que sente enquanto ainda se está quente

Sabe, eu sempre fui uma pessoa que teve muito receio de dizer e demostrar o que sentia. Eu sempre tive muito medo de parecer exagerada demais, estranha demais, doida demais, sozinha demais. Boa parte da minha existência foi decifrada pelo silêncio. E eu ainda tenho essa capacidade, se eu quiser eu fico um dia todo sem falar sequer uma palavra. Mas hoje já não quero. Contenta-me dizer o que sinto, a felicidade ou até mesmo o pranto. Contenta-me pelo menos arriscar a saber. Qual seria a reação do alheio?

Confesso que a escrita me ajudou com isso, comecei dizendo o que sentia nas entrelinhas e foi ficando mais visível e mais visível ao ponto de me render. Ainda acho que às vezes pareço exagerada e sentimental demais. Ainda sou indecifrável para os distantes, mas isso tem mudado. Há algum tempo coloquei uma coisa em minha cabeça: “É preciso se viver enquanto se pode viver”. “É preciso amar enquanto se pode amar”. “É preciso sentir enquanto ainda se está quente”. Porque depois do fim só mesmo Deus é quem sabe.

Não, não que eu tenha ficado radical e inconsequente. Apenas aprendo a viver mais contente, com mais vontade, verdade e versos entregues. Sendo assim, mais eu para mim e para os outros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário