segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ser prolixa

Sou prolixa!
Hipérbole, exagero, deleite
Me queira e me suporte
Me odeie e me ame
Mas admita
Hoje eu admito!
Ser prolixidade
Se sou fala, sou grito.
Se sou calma, sou silêncio
Se sou sumiço, é perturbação
Sou um pedaço de gente
Mas dos pedaços dos grandes.
Se eu amo, amo tanto
Se não, desdenho.
Sou o exagero em partículas secretas
Hora medrosa
Hora coragem.
Sou implicitamente dor e gozo
Sou também sorrir
Gargalhadas de loucos são as melhores.
Sou frases, poemas, livros, rabiscos, cds, pedras, desenhos, notas, acordes, silêncio e sono.
Se cansares de mim me diz
Pois de certa exagero continuará
Hora ingênuo
Hora genialidade.
Estás sujeito ao amor?
Se não, não ame
Se sim, chega perto de mim.
Gosto do exagero quieto e anormalidade
Gosto de frio pra congelar os dedos
O calor somente do peito
Ele queima minha pele e faz cansar.
Queimei meus miolos
Odeio a farsa
O fingir me emburrece e ira
Sim, meu amor é assim
É exagero, enjoou, deleite.
Sou prolixa, freio, silêncio e som
Sou também amor.

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