Eu ainda não acostumei...
O gostar faz meio mal pra mim
De instante penso no seu fim.
De certa o que faz mal não é o hoje
Mas a amanhã findo.
Confesso, confesso eu
Eu tenho medo do amor
Faz-me cócegas que às vezes dói.
Reciprocidades, palavra que já não espero
Ou pelo menos tanto.
Mas é bem vinda
Seja bem vinda!
Eu desconfio...
Eu desconfio do bom demais
Do legal demais
Da semelhança em demasia
Mas existe.
Ao mesmo tempo desconfio também de mim
Do pensar à ação
Amor demais não enjoa?
Exagero, exagero, exagero...
Sim, sou prolixa de poucas palavras.
Então o silêncio, entende?
Por isso o silêncio tão cru.
Sou o manso, a ‘implicidade’ e entrelinhas
Porém, a verdade...
meu amor é tanto
de um tanto que não cabe em mim.
E esse é o medo.
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