Das raras coisas que lembro da minha infância, lembrei-me das vezes que minha mãe me levava ao seu trabalho. Das coisas que me deixava mais quieta, sem perturbar, as principais eram fazer correntes de clipes ou pregadores, juntar as bolinhas de papel fabricadas pelo os furadores, papéis e canetinhas para desenhar e a preferida das preferidas: A máquina de escrever. Eu tinha cerca de 3 a 4 anos, no máximo. Mãe me deixava deliciar com a máquina de escrever quando ela não estava ocupada, colocava uma folha limpa e me sentava em frente. Tec, tec, tec, tec ... Trim! Podia me deixar, me largar a tarde toda alí. Sorriso de canto a canto. Talvez eu perturbasse apenas para trocar a folha já preenchida de frases indecifráveis, afinal, eu não era alfabetizada ainda. Sim, alfabetizada, porque escrever eu já escrevia. Shaushua.. Queria eu ter guardado uma dessas folhas de primeiros escritos. É então que me vem o deslumbre, o meu fascínio pela letra, prosa, escrita é desde sempre.
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