Tenho 21 anos. Muita gente tem comentado e meio que não acreditado que eu nunca namorei. Sim, é verdade! Sem contar é claro com o mocinho da 4ª série. Hahahaha.. Dos bombons, dos passeios, das mãos dadas. Nós sequer nunca nos beijamos.. shuashu. Quão bonitinho é o romance infantil. Pelo menos na minha época era. Hoje em dia nem mesmo cogito em colocar minha mão no fogo.
Nunca ter tido um. Não comento muito por aí porque tem gente que confunde com ingenuidade. Aliás, num seria nem ingenuidade, seria síndrome de “coitadisse” [inventei isso agora], inexperiência, fácil de enganar. Vem outra e fala: -Ah, coitadinha. Então ela não sabe o que é ter um homem? - Poupe-me. Penso eu. Eu cuido da minha vida.
Há como ganhar experiência pela a observação e quanto mais eu observo mais eu me preocupo. Namoro. Se eu sinto falta? Pra falar a verdade nem sei se sei responder essa pergunta. Sinto uma espécie de falta de aconchego, talvez seja essa a palavra.
Por instinto, legado, destino eu seja lá qualquer coisa que o valha, fui treinada para desconfiar das pessoas, desde pequena. Sou seletiva ao exagero. Não que eu queira sempre o melhor e melhor, ou perfeição. Tenho plena consciência que não existe pessoa perfeita. Mas creio que existe a que se encaixa com seus problemas e detalhes.
Confesso então, que seja claro. Eu tenho medo, tenho medo das farpas e da dor. Não sei se estaria pronta para terminar um relacionamento se ele não desse certo. Tenho essa horrível mania de pensar no fim. Não que eu seja pessimista, jamais. Mas é que eu penso: Qual seria o tamanho do pedaço que levariam de mim? E se fosse uma parte muito importante?
Só de observar costumo sofrer junto com as moças que conheço quando vêm me contar do fim do romance. E as declarações? E os presentes? E os beijos? Penso eu. Seriam todos mentiras então? É isso que eu temo. O aproveitamento do tempo, do cheiro, do corpo e da cor. De que me vale um colorido falso?
Ego, talvez possa chamar ele assim. O medo de me perder é tão grande que sou norteada a precauções, até mesmo em amizades, aquelas que tenho são das certezas da mente e do peito. É mais que um entender, é um sentir. Penso eu que se no namoro ainda não encontrei alguém que me faça deixar de lado o entender para sentir, creio que não é amor então. Sendo assim, sem amor pra que perder tempo e pedaços?
Outro dia estive conversando com uma amiga minha, ela comentava que não sabe como eu faço pra esquecer o moço tão rápido. Não sabe como eu faço para ser tão fria com amor assim. Como qualquer ser humano eu tenho os gostares. Digo agora do amor carnal. Diante a pergunta, respondo então. Condicionei-me, prometi-me que amar então seria a junção CARNE+AMOR. Como comentei em nossa conversa, é que eu invisto em longo prazo. Quanto prejuízo vejo nesta juventude que se doa um pouco aqui, um pouco alí. Às vezes penso. Será que tantos relacionamentos assim não dói? Será que não confunde o peito? Será que é verdade então? Se não dói nem confunde, creio assim que sou uma fraca. Do maior tipo de invalidez que pode existir, eu não conseguiria me acostumar a me deixar pedaços por aí. Sim, se é carne, creio que a cada fim um pedaço vai embora então. E até que ponto conseguimos separar a carne do amor? Quanto tempo leva para o peito se regenerar? Ele se regenera ou acostuma? E se eu confundi o amor também? E se com o fim ele também for embora? Sendo assim procuro o certo, ou a hora certa de Deus mandá-lo pra mim.
Pode parecer loucura, roteiro de sonhos encantados, ficção. Mas creio que ele está por aí, de hora ou outra, talvez quando eu menos esperar, virá então.
O meu primeiro poderá até não ser o certo, eterno, infindo. Temos que estar preparadas. Mas que pelo menos me faça sentir e acreditar que é. Se não aparece esse então...
Continuo inteira.

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