Sim, eu sou esquecida. Ontem[01/02, não dormi ainda] fui a uma missa-aniversário de um amigo do meu pai na minha antiga cidade. Aproveitamos para rever o lugar e foi aí que eu descobrir: “Não é que eu seja esquecida, é que para as lembranças virem à tona, eu preciso ser reapresentada a elas. Rs. Visitei a igreja que fiz 1ª comunhão, a praça que eu costumava brincar, um antigo colégio que não existe mais, antigo bairro, antiga rua, antiga casa. Foi pela a reapresentação que eu fui relembrando. A frente da minha casa mudou um pouco, assim disse minha mãe, lembrava só um pouquin dela. Afinal de contas já se passaram 11 anos. Lembrei-me do salão na frente, da vizinha, do reforço, da metalúrgica, da padaria e do supermercado. Por falar nisso, sinto falta do pão de lá. Mãe diz que não existe melhor. Rs Eu bem que deveria ter levado a câmera pra tirar fotos e não esquecer tudo de novo.
Mãe diz: - Jam, tu lembra qual a rua da igreja?
Irmão diz: - A senhora pergunta logo pra ela mãe!?
Eu digo: Mãe, eu não lembro nem da frente da casa.
Mãe: Eu em.
Aos poucos fui lembrando as coisas, o que me levou a questionar: ”E onde eu guardo e escondo todas as lembranças? Estranho!”
Das coisas que reconheci, percebi que na infância o mundo parece tão maior e interessante. A gente cresce e as ruas parecem mais curtas, as casas menores, os muros mais baixos e não é mais tão emocionante dar a volta de bicicleta no quarteirão com medo da mãe descobrir. Senti falta de lembrar de mais coisas. Mesmo que não pareça possível sentir saudade do que não vem à tona na lembrança. De algum modo sei que tive momentos bons alí.
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