quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ferrões

Eu estava fria
Como se o sangue estivesse parado dentro de mim.
Ou melhor, um sangue estancado
Paralisado pelas coisas que vi.
Meus pelos na mesma hora vieram em calafrios
Pontiagudos como ferrões.
Deixei-me afastar de mim e dos outros por alguns dias.
Sim, eu estava só.
De um só até mesmo sem mim.
De repente me veio friagens
Desta vez não era mais de estanco
Era de lá de fora.
Em 3 segundos abrir meus olhos:
- Ora, não vivo dentro de uma bolha
... Ou cercada de muros de concretos e aços comuns.
Aos poucos meus ferrões se tornaram inofensivos
Os Muros em pedaços iam sendo retirados devagar.
Tentei até ajudar
Dei brecha para um pouco de amor
A vontade de mudar era grande
Mas a desconfiança foi maior.
 Peguei dessa vez os meus ferrões e finquei-os em mim
Da dor senti-os e joguei-os fora.
Que não me voltem jamais.

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