quinta-feira, 10 de julho de 2014

Sono


Vi ele vulnerável no meu colo, o rosto manso e calmaria. Senti contentamento, não existe maior confiança do que o relaxamento, lisonjeada era eu como guarda do sono. De minutos em minutos lhe olhava com admiração, enquanto ele dormia eu passava minhas mãos em seus cabelos e de tempos em tempos me vinham leves sorrisos de gente boba, sorriso de cantinho, baixinho, pois não queria lhe acordar. Clarice uma vez disse que queria ser vista quando ela não soubesse que estava sendo observada, que é na vulnerabilidade que se sabe quem é quem, e lá estava eu, na sua enorme vulnerabilidade do momento, no sono dele acariciava deitado no meu colo, o Amor da minha vida.

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