Desdenho, desprezo, rejeito, esquecimento, abandono. Históricos
que me alarde, vim dizer que não é fácil, não é fácil superá-los com histórias
gravadas que dão para escrever séries de biografia. Tenho me cuidado, não é de
ontem nem hoje, vem de anos. Estive me fazendo mais companhia, acreditado menos,
esperado menos, oferecido mais. Por sorte notei que me enganava, ninguém vive
sem ninguém. Outro dia descobrir o que
verdadeiramente se diz ser amor. Não conto do amor afetivo entre homem e
mulher, digo daquele que se dedica ao melhor do outro. De certa forma para tudo
que passei e tenho passado, minha cura está no amor não aproveitador. Amor que
ama e espera em troca, amor que faz se fizerem por ti, amor que diz eu também
se alguém disser primeiro. Isso, isso queridos não é amor. Isso é proveito. Aprendi, aprendi a
me doar mais, me preocupar mais com os outros e dar abraços mais fortes. Tinha
braços fracos, respiração míngua e coração pequeno. Não que ele fosse pequeno
deveras, mas tinha tamanha dificuldade em ser usado e deste mesmo depois
de usado jogado fora sem mais nem menos. Digamos que
eu evitava ocupá-lo. Pensando bem somos egoístas. Onde mora o teu eu que não se
importa com o que os outros falam? Que não cobra? Que não exige colo na dor? Não
é questão de independência, é questão de não esperar a troca, fazer com
satisfação de fazer, e só. Talvez, talvez eu ainda demore um pouco para a cura total
do histórico que me alarde, mas caminho em passos largos e contentes. Me vejo diferente e isso é bom.
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