quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Não, eu não sou evangélica.

Mania é essa do ser humano querer ou sentir a necessidade de ser nomeado de alguma coisa, como se ele não fizessem parte de algo o fizesse menor. Não sou assim, me acostumei a espécies de solidão e talvez a condição do pensamento individual tenha me ensinado a dar valor ao que deve se dar. Sim, frequento igrejas evangélicas. E por que eu vou? Por que eu gosto de lá! Me sinto bem.
Deparei-me com parentes evangélicos.

 - Glória Deus, estou sabendo que tu és da evangélica agora. Ouvi.
A felicidade era tamanha como se antes de ser evangélica eu não fosse filha de Deus.
- Não tenho religião. Respondi.
- Mas ouvi que tu andas frequentando tal igreja.
- Sim, vou quase todo sábado. Gosto de lá, mas não sou APENAS de lá.
- Mas tu aceitaste Jesus?
- Aceitei!
- Quando?
- Quando eu nasci.
[silêncio]

Ser comparada
Tenho reparado. Desde muito jovem eu venho sendo comparada com esse povo de Deus, e eu não acho ruim, me orgulho até. Até mesmo nos tempos de escola vinha gente comentar e deixar de me convidar para as coisas do mundo porque diziam que eu era evangélica. Pelo o meu comportamento, pelo os meus vestes e princípios, muita gente achava que eu era evangélica. Eu desde muito pequena também nunca fui de determinada religião, por ser de uma família pouco religiosa pude me deliciar com experiências de ir em vários templos, evangélicos ou não, sendo cristão, estava eu lá de ouvidos abertos. Na igreja evangélica sou do tempo que evangélico era chamado de crente, que a gente cumprimentava as pessoas com “paz do Senhor” e as pessoas nas igrejas se chamavam de irmãos. E por frequentar várias igrejas, essa coisa de uma falar da outra sempre me chateou. Eis que talvez por isso não sou de nada, ou tudo.

Fanatismo
Reparei também que fanáticos são os mais fáceis de cair, são mais fáceis de voltar ao mundo. Simbolismos, simbolismos, simbolismos que não vêm do peito. Como se esse fanatismo fosse uma espécie de farsa para a salvação. Como se houvesse a necessidade de provar para a mundo o credo. ATENÇÂO, não venho generalizar os evangélicos, eu os admiro. Conheço muita gente, gente evangélica que não finge amor por Ele. Que Faz pra Deus e não para o fulano ou ciclano. Que tem denominação por amor e não por ter que provar alguma coisa para alguém. Eu só queria entender, só queria entender, por que às vezes eu vejo ainda tanto ódio de irmãos entre irmãos, de famílias com famílias por causa de credos? Não entendo. Por acaso meu Deus não é o teu Deus também? É! É! E querendo ou não aceitamos Jesus de diversas formas e lugares. Porque aceitar é amor, e amor vem do peito, cada um tem o seu.

Não existe isso de o meu certo e o teu errado, o meu salvo e o teu no inferno. Existe sim a vontade de estar com Ele, de ser dEle e servir a Ele. Amá-lo, Amá-lo. Pode ser só, pode ser junto. E sim, pode ser em templos também. Porém quando na Bíblia fala de igreja, não fala de lugar, mas de pessoas.

Enfim, queria apenas dizer que quando alguém me perguntar:
- Você é crente?
- Sim, sou crente na palavra e no amor daquEle que deu o seu filho por mim.
Porque independente de paredes, lugares ou templos eu o amo com todo o meu fulgor.

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