quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Conceitos

Hoje[ontem] na aula de empreendedorismo, o professor começou a ditar diversos conceitos. “Isso é isso, e tal coisa é tal coisa”. O que me fez pensar. O ser humano é uma espécie tão estranha né? Que cria coisas e diz que isso é certo ou não e logo descobre que tem algo mais certo do que aquilo que pensava.
O professor faz uma pergunta e alguém responde. Logo ele corrige e diz:
- Não, não é isso!
...
Como assim? Quem disse que o certo é isso? Por que seguir tão arrisca conceitos achando que sou dona do mundo porque sei isso ou aquilo, se logo vai vir uma nova teoria que acrescente ou até mesmo contrarie o conceito passado? Fixar-me em conceitos não faria com que eu me mal acostumasse e nunca quisesse mudar algo?
Às vezes ou quase sempre eu fico pensando nessas coisas. Por exemplo: Alguém considerado importante conceitua algo e eu o sigo arrisca apenas porque esse alguém disse que isso é certo. Acho isso quase cruel. Sinto muito por até hoje em dia eu ainda ter que decorar conceitos, não seria melhor entender? A gente acaba “se achando” os espertões geniais só porque sabe o que o outro descobriu. Isso não é estranho? E onde foi parar a minha vontade?
...
Alguém diz:
- Olá, sou um ser humano “espertão”, então como eu criei isso, você outro ser humano tem que crer no que eu disse. E por quê? Por que eu disse e pronto, deixe de questionar!
...
Isso está certo ou não? E quem disse que tá certo ou não? Quem diz?

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Outra coisa que eu penso.
Capitalismo diz:
-Olhe estude, estude, estude, estude. Agora aqui tu não tens mais irmãos e sim adversários/concorrentes. Não seja tolo, não perca tempo com tua família, não ofereça a mão a ninguém, porque logo ele te dará as costas e passará na tua frente. Estude, seja individual, durma poucas horas, preste atenção mais na concorrência do que em ti, não perca tempo, não perca dinheiro. Dinheiro, dinheiro, dinheiro...
....
Sinto que estamos sendo criados não para ter satisfação, mas sim para ser “feliz” por ter muuuito dinheiro.
E quem disse que eu quero ter tanto dinheiro assim? ¬¬ De uma “pseudofelicidade”.
Não serei hipócrita dizendo que a miserabilidade é melhor do que uma boa condição de vida, mas às vezes me revolto quando vejo como vem sendo tratado às pessoas. Como se fossemos apenas bichos desenvolvidos para serem melhores, melhores, melhores e nunca gente. [talvez seja porque “gente” é bicho].
Sinto muito.

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