Eulali propositalmente se afastava de pedacinho de gente...
Quase sempre contentes.
Eulali se afastava porque se achava triste.
Eulali não se permite ouvi:
-Não, não estou bem!
[...]
Afaste-se!
- Não, não. Não tome isso de mim...
Por favor, que eu não passe, que fique apenas comigo...
Das farpas que me cravei e nem mesmo são minhas.
[...]
Em uma manhã encontrei Eulali em um canto só:
- O que fazes ai Eulali? Conte-me o que se passa que te ajudarei!
Mas eu Eulali silenciava
Quando dizia, em pausas gaguejava:
- Nada, nada, nada. Eu estou bem!
[...]
Para Eulali o silencio era solução
Mas nada resolvia
Eulali gotejava mesmo quando sorria.
Porém os dias passam...
Em outra manhã a Eulali alguém ofereceu a mão:
- Diga-me, por que solidão?
Por semelhanças de escritos, sorrisos e dor
Eulali se sentia confortada.
Dos modos e do amor inexplicável, incomum
Eulali agora sorria sem fingir.
Por uma alegria simplificada então ouvi:
- Obrigada!
[...]
Estenda a mão, para até mesmo aquele que não parece precisar.
Faça companhia, mesmo que ele insista ficar só.
Tu não tens a noção de como um sorriso, uma palavra sincera ou um abraço pode mudar a vida de alguém.
A minha mudou!
Como diz Clarice L.
“Amar os outros é a única
salvação individual que conheço:
ninguém estará perdido se der amor
e às vezes receber amor em troca.”
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