É verdade, eu sumi. Mas não sumi porque quis, sumir porque
literalmente deixei de escrever. Outrora acho que minha escrita pausou por medo
de ainda escrever sobre ele e voltar, voltar tudo à tona. Não é medo de não querer, é medo de não poder, entende? Vale-me Deus, cuida
do meu peito. Não tenho estado bem e, por favor, se tu leres isso aqui e me
conhecer pessoalmente, não pergunte se estou bem ou não, pois eu negarei o
mal-estar até a morte. Pensei em escrever algo sobre covardia ou desistência,
mas desisti no meio do caminho. Tenho pensado seriamente se é necessário sentir
o mal-estar aos poucos ou se eu fingir que tô tranquila vai resolver alguma
coisa. Será que dor é acumulada? E se eu admitir e sentir logo tudo de uma vez?
Sei que vai ter gente que não vai entender e vai me achar exagerada, mas só eu
sei o que me passa. Me prometi que tiraria um tempo pra mim, sem mais
palpitações por um bom tempo. Acredito muito nessa coisa de que para tu
começares um novo ciclo tu tens que terminar o antigo, e por incrível que
pareça, com todas as situações contras, eu ainda sinto o ciclo antigo,
vergonhosamente admito: Ainda o amo. Amo e às vezes acho isso errado, é errado
interferir até mesmo com pensamentos o que lhe sucede agora. Tenho tentado
pensar pouco sobre, pois torcer por mim é torcer contra a vontade dele. Fico
calada, me sufocando nas palavras pensadas e não ditas. Tirei outro dia pra ler
o conto, inteiro, parte um e dois. E não esqueci que o "fim terminava" assim: “E viveram felizes,
nem sempre, mas só de viver já vale”.
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