sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Feliz dia das crianças!

Por maior que fosse minha estranheza, por mais que eu tenha aprendido a dor de forma prematura, por mais que eu fosse boba. É, eu tive meus momentos de glória. Das tardes catando pedras, da tentativa de costurar roupas para as bonecas e furar os dedos, de colecionar coisas, ver o papai noel, gostar de correr descalço, capturar galinhas com a bacia, procurar moedas antigas no quintal, gostar de ficar sozinha, conversar com o céu, gostar de brincadeiras de moleques. Depois de mais grandinha. Brincar de pira-pega, taco-ball, queimada, polícia e ladrão, futebol, pipa, peteca, bandeirinha. Dos anos de natação, hand-ball, karatê, vôlei, futsal. Sandy e Júnior, Chiquititas, Ursinhos carinhosos.
Depois de cair da banheira, quase tacar fogo em si com álcool, comer o miolo de uma flor, querer fugir de casa e nunca fugir, mergulhar nos igarapés, me afogar 2 vezes, brincar com terra, ter coceiras, tomar banho de mangueira dentro da bacia, escorregar na lajota molhada, torcer o joelho esquerdo, pé direito, punho, pescoço, ficar sem andar 2 dias, achar que quebrou o dedinho do pé, cortar a perna esquerda e não deixar levar pontos, cair de bicicleta na ladeira e ralar metade do corpo, fazer casa em árvores, cair de árvores e ficar pendurada, cair em bueiros, valas, buracos.
E por que eu era estranha?
Porque eu era uma criança tentando ser criança. Que imagina e acha que tudo que pensa e sente é verdade
.
É, minha infância foi boa sim.

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