segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Okay

Confesso que passei alguns anos achando que eu poderia viver sem o outro.
É difícil admitir, mas as coisas mudam.
Torna-se cada dia mais claro, cada dia mais claro.
Preciso, nem que seja de pedacinhos, pedacinhos de gente.
Cheguei ao ponto de dizer dou-te minha vontade
Mas não doe-me a tua
Posso me acostumar e com o fim venha prantos.
Eu não acreditava, em nada, em nada.
Perto da escuridão que passei
Confesso que fui fraca
Da fraquidão foram de pedaços que me reconstituí.
Que findasse a vida, que findasse a vida.
Por sorte os encontrei.
Pedaços tímidos de gente
Sem nenhuma promessa ofereceram-me alguma espécie de amor.
Abracei-os com vigor.
Perdão, perdão se eu sou complicada demais.
Eu amo também, eu amo também.
Ofereça-me amor, mas que seja verdadeiro.
A mentira me induziu a acompanhar desconfiança.
Aqueles que no passado eu confiei me enfiaram farpas grossas e cruas.
Perdoei?
Perdoei!
... Ainda dói.
Mas também aprendi,
Cicatrizes curam e às vezes até somem.
Provei por um bom tempo solidão
E da prova não deu certo.
Ouça! Pessoas não são perfeitas
Não procure o ser ideal
Ele não existe!
Calma, conto do ser de carne e não dos céus.
Aos poucos tenho aprendido amar qualidades e defeitos
Sem forçar ou esperar retribuição
Abri meu coração.
Não está sendo fácil,
Mas tenho ainda um pouco de fé.
De uma tarefa árdua espero pelo menos um punhado de felicidade
Do devaneio a verdade
As pessoas nem sempre amam da mesma maneira.
Devia ser, mas não é!

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