domingo, 31 de outubro de 2010

Caminho

Houve um tempo que escrevia sobre amor
Escrevia sobre amigos
Sobre garotos
E até as coisas mais inúteis que se possa pensar.
Houve tempos que escrevia sem rimas
Outros com excesso
Era um quase ligar palavras sem contar.
Escrevia contos estranhos sempre incompletos
Partes milimetricamente medidas com nenhuma exatidão,
Houve tempos que escrevia coisas tristes
Textos estranhos que quase sempre ditavam solidão.
Escrevia para quase tudo,
Dos versos e das frases escrevia felicidade e languirão
Como um vício por tempos eu sempre mudava
Extremamente ligada à contradição.
Escrevia quando assobiava
Escrevia quando silenciava
Escrevia quando quase dormia,
Hora também viciei em escrever fatos ruins
Até quando sorria.
Do silêncio resumi
O espaço entre a dúvida e o resolver
Escrevia perguntas para respostas
Respostas para perguntas
Sem nunca entender.
Houve tempos que escrevia, escrevia e escrevia
Apenas pelo o modo de escrever
Aprendi a me auto-avaliar
E das dúvidas quase solver. Quase.
Houve tempos que eu achava tudo horrível
O que escrevi
O que escrevo
O que ia escrever.
Confesso, ainda não aprendi a escrever feliz
Pergunto: - Felicidade? Felicidade?
Ela nada me diz.
Houve tempos que escrevia sobre coisas que escrevi
E pensava: Me sobrarão palavras para amanhã?
Não sei, Cansei. [Por hoje]

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