Certo dia uma menina nasceu, meio que no hospital quase dentro de um táxi, cresceu e junto com ela veio uma vontade. Ela queria ser musicista. Quando tinha 6 anos seu instrumento preferido era o piano, um som nem auto nem baixo, porém forte, muito forte. Era o que ela sentia. Passaram-se mais anos e ela continuava a crescer, mas o sonho encolhia, vinha perdendo vigor aos pouco e por conta de opiniões e partes de timidez, ela resolveu quase esquecê-lo. Quase.Disseram-lhe que era uma profissão difícil, e tinha que ter muita dedicação, seria melhor escolher algo melhor. E da redundância ela quase desistiu, quase.
Ao completar 13 anos, depois de alguns meses ela ganha, ganha um teclado. E lembra esse dia como um dos dias mais felizes de sua vida, quando o sorriso não finda nem por querer. E aí tudo começava. Por longínquos pedidos à mãe, ela quer fazer aula para aprender a tocar, pois o que valeria ele ali parado? Quase nada.
Indo a mais próxima escola de música que mais tarde daria para ela ir sozinha e a pé. Descobre que lá não tinha aula de teclado, mas achas que aí foi o fim? Não, ela se escreve na aula de violão.
Mas então, ela não tinha violão? Mais tarde ganha um, do tipo comum para iniciar. E esse foi um outro dia mais feliz de sua vida. Logo entra na turma de agosto, porém não tinha turma em agosto, então por teimosia entra em uma turma 7 meses mais adiantada que ela. Passado os primeiro acordes ela se dedica chegando ao ponto de soar e ficar com ira por não conseguir tão espontaneamente. Tenta, tenta. Fere os dedos até dar imensos calos, que ao esfriar do corpo não podiam ao menos ser tocados, mas ela persistia. Vai acompanhando os outros aos poucos, até chegar a parte de dedilhação. E da dedilhação ela não conseguia, em casa chegava ao ponto de chorar por se achar incapaz.
Passam-se 2 meses e tudo ia ficando mais difícil, a primeira música “aprendida” era um desastre. Toda pausada pelos meios, por conta do início da aprendizagem. E aí ela para, para de fazer aula. A maré de incapacidade a aflige e quase desiste, quase.
Após desisti precocemente das aulas de violão, passado cerca de 1 ano, ela tem uma grande e importante decisão, irá aprender a tocar sozinha, nem que fosse apenas o básico. Começa aí a outra parte e com dicas de revistas, começa a treinar. Por volta dos 15 e 16 anos de idade, ela consegue, consegue tocar quase que perfeito uma música não muito fácil em dedilhação. E nasce um motivo de sorriso. O que ela queria e temia não conseguir, conseguiu.
Aos 15 anos faz aulas de teclado, o professor vinha aos sábados, mas não havia dedicação. Em ritmo lento quase pausado por conta agora dos estudos e falta de tempo, alheios diziam, pra que perder tempo com isso? Ela quase desiste, quase.
E novamente passam-se dias, meses e anos.
Aos 17 anos resolve voltar às aulas de violão, agora em outra escola. Aprimoraria a prática e aprenderia teoria musical. E era tudo perfeito. Fazia aulas dois dias na semana e nesses dois dias tinha motivos pra viver.
Completando 18 anos passa no vestibular para o curso de administração e resolve cursar e ao mesmo tempo sem esquecer-se do verdadeiro motivo, resolve também inovar. Escreve-se nas aulas de bateria. Outra antiga vontade. Seu pai achava que era um instrumento inútil e como ela já sabia sua opinião. Ao pedir para fazer bateria não diria que era bateria, mas sim que dobraria a carga horária de violão. E escondida começa as aulas de bateria. Depois de poucos meses a mãe descobre a mentira encontrando as baquetas no quarto dela e pergunta pra quê? As aulas duraram 1 ano. Por conta de muita teoria acumulada ela pausou as aulas por um tempo. Mas não parou, não parou. Pensa em voltar.
Ela não toca em público e às vezes até fingi não saber nada, para não tocar.
Pelo o motivo da profissão, ela resolve não ter frustração e entende o sentido de tudo. Aquilo que ela gostava e gosta não foi feito para se expor e sim para entender a si.
E hoje de madrugada ela toca sozinha no quarto até dormi.
Da música pouco se sabe, mas sabe seu sentido de viver.
Jamille Catarina
nuss!! q vida em!!! lindooo!! keria ver vc tocar!!! te digo uma coisa, nao desiste da musica,leva ela contigo pro resto da tua vida... mesmo q seja nao quarto ate dormir!!!
ResponderExcluirbjus!!
Desisto não, ela já é MINHA, MINHA, MINHA. rs.
ResponderExcluirParte deste SER aqui. =)
Só resolvi e entendi que não devo seguir com profissão, só isso.