Eu vivo me refazendo, desfazendo e construindo em nós
Vivo pensando o que foi e poderia ser
Outrora confio
Se foi ou será confiarei
E eu sei que o mundo não vai entender.
Que eu pareça louca, mas que transpira luz mesmo em tempos ruins
Que eu pareça estranha e louca, mas que o ame com todo meu fulgor.
Me revoltei com o absurdo inventado pelo o homem
Irmãos contra irmãos
Maldade que dizia em prol do bem
Sacrifícios terrenos.
Fui antagônica às crenças e credos
Queria confiar sem temer
De um amor puro e tranquilo
Fui salva e me entreguei.
Fui salva dos meus males
Fui salva do desespero e de mim mesma.
Ouça, aqui não é o fim.
Pranto de falsa autossuficiência
É uma construção que faz e se desfaz
É o infindo de vontade e preparação
É nunca está cheio por completo.
O desamor me desfez e me fez
Aprendi aos poucos que se dar mesmo sem receber.
Entreguei-me
Entreguei-me e aceitei ao seu amor e sua vontade.
Que eu me faça menos eu.

