terça-feira, 21 de junho de 2011

Historinha fato

Tenho escrito muito pouco em forma de versos. Muito pouco mesmo. Vim falar hoje sobre uma coisa que me incomoda muito.
Não, não vim falar sobre minha power gripe de ontem. É tão ruim gripar neh? E não consegui respirar, e a garganta secar, e doer, e ficar com voz de pato, cara de retardada, nariz vermelho, espirrar a cada 3 seg [exagero], escorrer o nariz, ter vergonha de dar aquele assou[acho que é assim que escreve], ficar mole e um pouco chata. Aliás, ando escrevendo muito sobre ser chata e isso tá me deixando mais chata. Rs nó. Rs tá parei. Nem sou tão chata assim. Enfim, eu disse que não vinha falar de gripe neh!? Então... Mas o chato tem a ver com o que comentarei.
Algo dentro de mim me diz para não me aproximar muito das pessoas e confiar em todos, mas ao mesmo tempo eu sou besta pra confiar. E disso não entendo.
Quando eu era mais jovem eu era super antissocial. Depois que mudei para a cidade que moro agora, o primeiro ano que estudei aqui foi meio ... “Não sou desse mundo”. Eu lanchava sozinha, fazia trabalhos sozinha e meu passatempo era ficar no janelão do banheiro feminino que dava para o jardim e do jardim para a rua. Não foi fácil me adaptar a tudo aquilo. Lugar novo, pessoas novas, vida nova. A escola que eu estudava é bem grande. No fundo de uma pracinha tinha uma árvore de galhos longos que quase tocavam o chão. Um dia entrei na árvore e encontrei uma espécie de banquinho de concreto. Desde então, quase todo dia eu ia para lá lanchar em paz e pensar em simplesmente nada. Um tipo de refugio secreto.
O que me fez pensar. Quase sempre eu tenho um refugio secreto. Seja árvores, escritos, blogs ou baús.
Então perguntei-me:
- E pra que tudo isso? Não soube responder. Ou sabia.
Hoje em dia quando lembro dessas coisas, me questiono. Quão estranha eu era. Às vezes fico me perguntando. – Porque minhas amizades posso contar nos dedos de uma mão? O instinto humano é sempre procurar um culpado alheio, mas não, a culpa é minha mesma. Algumas pessoas têm comentado comigo, o quão é difícil se aproximar de mim. O quão eu sou misteriosa e diferente.
... Pensei, pensei. E é verdade. Mas não é que eu queira ser assim, na verdade ainda não cheguei a uma conclusão concreta.
Tenho tentado mudar isso tudo, nos últimos 2 anos eu melhorei bastante. Não que eu tenha mudado da noite para o dia.
“De vagarinho ... De vagarinho... De vagarinho ela perde o medo.”
- Mas medo de que?
- De confiar!
[...]
Esse negócio de fazer confiar e confiar, me fez uma pessoa do lado da verdade. Ao ponto de talvez até magoar. Ai encontra-se meu ponto fraco. Conheço algumas pessoas que por um pouco de convivência que tiveram comigo, conhecem esse meu lado, e por isso quando querem saber de algo sobre si que outra pessoa não teria coragem de falar, elas vêm e preguntam pra mim. Mais do que nunca eu me sinto na obrigação de falar a verdade e quando minto por motivos extraordinários ou porque vai envolver outra pessoa, eu fico com uma coisa ruim dentro de mim. [nó isso tá parecendo tão marketing pessoal. Não é. Não, não sou tão legal assim].
Isso de dizer “não ser tão legal assim” me lembra de outra coisa. Quando mais nova, eu instigava meus defeitos e não me vangloriava de nada, para não criar falsas expectativas alheias. O ditado é. Se eu for máximo estagnarei em pó e não terei evolução, ou seja, por que ser logo tudo se eu posso ser tudo devagarinho? Rs doido isso neh? Mais é o que eu penso. [pelo menos agora]
[...]
Demonstração de vínculos concretos
Eu sou meio lenta pra isso, a palavra exata seria... eu sou insegura para isso. Para eu falar ou demonstrar é porque eu já pensei muito, quase desisti e depois senti que era verdade.
“Porque eu não quero vínculos tortos, que me levem a palavras de amor e depois me abandonem. Pois a verdade propõe não abandonar.“
O monstro da não retribuição gosta de me assombrar dizendo:
- Com os teus sentimentos tu parecerás patética e exagerada.
Pausei na próxima coragem.
Boa parte do tempo eu acreditei nas pessoas e elas me pressentiram com farpas.
Desculpe-me por esse meu jeito só, quase frio.
Queria eu ter o poder de apagar tudo e começar de novo.
[... É o que venho tentado.]
[...]
Com tudo isso eu aprendi:
“Eu não posso deixar de temer se eu não tentar.”
Cruzei meus dedos pensei alto e disse:
- Sem decepção, por favor.
[...]
Nunca tinha comentado isso com medo de parecer fraca.
Talvez depois desse texto as pessoas que leram me achem mais fraca, sim às vezes eu sou fraca. Satisfeito?
Mas minha força é Power, Power maior. Rs
Fim

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